segunda-feira, 12 de março de 2012

Cinco Maiores Arrependimentos

Durante muitos anos eu trabalhei com
pacientes terminais. Meus pacientes eram aqueles que iam para casa para morrer.
Alguns momentos incríveis eram compartilhados. Eu estava com eles nas últimas
horas de suas vidas.

As pessoas crescem muito quando estão diante de sua
própria mortalidade. Eu aprendi a nunca subestimar a capacidade de alguém para
crescer. Algumas mudanças eram fenomenais. Cada um deles experienciava uma
variedade de emoções, como é de se esperar, negação, medo, angústia, remorso,
mais negação e eventualmente aceitação. Todos os pacientes encontravam a paz
antes de partirem, cada um deles.

Quando questionados sobre os arrependimentos que eles
tinham ou o que eles fariam diferente, os temas mais
comuns apareciam de novo e de novo.
Aqui estão os cinco mais comuns:


1) Eu gostaria de ter tido a coragem de viver
uma vida verdadeira para mim mesmo,
não a vida que os outros esperaram de mim

Este foi o arrependimento mais
comum de todos. Quando as pessoas percebiam que a sua vida estava prestes a
acabar e olhavam com clareza para ela, era fácil ver quantos e quantos sonhos
não tinham sido realizados.

A maior parte das pessoas não tinham honrado
nem a metade de seus sonhos e tiveram que morrer sabendo que isto aconteceu
pelas escolhas que tinham feito ou pelas escolhas que não tinham feito.


É muito importante tentar e honrar ao menos alguns de seu sonhos ao
longo do seu caminho. A partir do momento que você perde a sua saúde, é tarde
demais. A saúde traz uma liberdade que raramente é percebida, até que não a
tenhamos mais.


2) Eu gostaria de não ter trabalhado tanto

Este arrependimento apareceu em cada paciente homem de quem eu cuidei. Eles sentiam
falta de não ter participado da infância de seus filhos e da companhia de suas
esposas. As mulheres também tinham este arrependimento. Mas como a maioria era
da geração mais antiga, muitas das pacientes não tiveram que trabalhar fora de
casa. Todos os homens de quem eu cuidei arrependiam-se profundamente terem gasto
tanto tempo de suas vidas no trabalho.


3) Eu gostaria de ter tido a
coragem de expressar os meus sentimentos

Muitas pessoas suprimiram seus
sentimentos para poder manter a paz com os outros. Como resultado, eles
mantiveram uma existência medíocre e nunca se tornaram realmente quem eles
poderiam ter se tornado. Muitos desenvolveram doenças relacionadas com a sua
amargura e ressentimento que levaram ao longo da vida.

Nós não podemos
controlar as reações dos outros. Entretanto, embora muitas pessoas reajam
inicialmente quando você muda o jeito que você é, falando honestamente, no final
isto transforma o relacionamento para um nível mais saudável e novo. Ou isto
acontece ou um relacionamento não-saudável é criado.


4) Eu gostaria de
ter mantido contato com os meus amigos

Frequentemente eles não percebiam
verdadeiramente o benefício de seus velhos amigos até que estavam nas últimas
semanas de vida e nem sempre era possível achá-los. Muitos estavam tão presos a
sua própria vida que haviam deixado amizades preciosas para trás. Haviam muitos
arrependimentos de não ter mantido e conservado as amizades antigas, de não ter
despendido o tempo e o esforço necessários que as amizades mereciam. Todos
sentem falta dos seus amigos quando estão morrendo.

É comum para todos
em um estilo de vida ocupado ir perdendo as amizades. Mas, quando você está
diante de sua própria morte, tudo muda. As pessoas querem manter os assuntos
financeiros em ordem na medida do possível. Mas não é o dinheiro ou o status que
realmente tem importância para eles. Eles querem arranjar as coisas e deixá-las
em ordem mais para o benefício daqueles que amam. Mas geralmente, os pacientes
estavam debilitados demais para cumprir esta tarefa. Tudo gira em torno do amor
e dos relacionamentos no final. Isto é tudo o que permanece nas semanas finais:
amor e relacionamentos.


5) Eu gostaria de ter me deixado ser mais feliz

Surpreendentemente, este é um arrependimento comum. Muitos não
percebiam, até o final, de que a felicidade é uma escolha. Eles permaneceram
presos a padrões e hábitos. O conforto da familiaridade dominou as suas emoções
bem como a sua vida física.

O medo da mudança fazia com que fingissem
para os outros e para si mesmos que estavam contentes. Mas lá dentro, eles
queriam rir realmente e ter graça e brincadeira em suas vidas de novo.


Quando você está de cama e morrendo, o que os outros pensam sobre você
está bem longe da sua mente. Quão maravilhoso é ser capaz de se soltar e rir de
novo, muito antes de estar morrendo.

A vida é uma escolha. É a SUA vida.
Escolha conscientemente, escolha sabiamente, escolha honestamente. Escolha a
felicidade.



Texto: Bronnie Ware
Tradução do Inglês:
Felipe de Souza (Psicólogo)

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