Desabafos, pensamentos e coisas da vida!
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Fez tanta questão e agora eu te pergunto: Pra que? Atormentou minha vida, enchia os meus dias, fazia de tudo pra que eu fosse tua e pra que? Um dia me rendi, me entreguei, me perdi. Teu desejo realizado, eu apaixonada, finalmente o começo da nossa história. Aí você enjoou, simples assim. Como quem deseja muito um casaco, se desdobra pra comprar e quando finalmente consegue, logo perde a graça. Você joga no armário e deixa esquecido, não te aqueço mais. Optou por um novo casaco, um novo alguém. Outra que em breve vai estar perdida no armário também, que vazio. E eu fico aqui pensando, o quão infeliz é uma pessoa assim? Quer ter por capricho, nada além disso. Coleção de casacos e o frio nunca passa, porque o problema não é dos casacos. Então que você seja feliz assim, congelado, insatisfeito, procurando em alguém tudo que te falta e não conseguindo se preencher nunca. Uma pena tuas vontades breves, tua vida vaga, seu sorriso sem paz, meu tempo perdido. Uma pena você.
domingo, 29 de abril de 2012
“Então chega pra ele e diz. Diz o quanto você espera uma sms de bom dia, uma sms que te faça levar o sorriso até a ponta da orelha e assim durar o dia todo. Fala o quanto você espera pra ter uma foto de vocês no lado da cama, ou até mesmo em um quadro no centro da casa. Fala também quantos sonhos você já teve, sentiu vontade de falar e engoliu. Não esquece de comentar a letra inicial do nome dele no seu pulso, os milhares corações no final do caderno, e a ironia do bem me quer, mal me quer nas aulas vagas. Entrega pra ele também aquela ‘’cartinha’’ de sete folhas frente e verso, entrega junto o colar que você fez com o nome de vocês. Ah garota, fala também do quanto ele te deixa segura e mais forte. Até parece que você cosegue carregar o mundo na cabeça, mas só quando estar do lado dele. Porém, não esquece de relatar o quão é grande o teu ciúmes. Que é possessiva, grudenta e bobinha. Diz pra ele a louca vontade que você sente de ligar as duas da tarde e passar o tempo todo andando de mãos dadas e se declarando indiretamente. Talvez diretamente. Ou apenas só olhando um para o outro. E no final da tarde você quer segurar para que ele não vá embora, faz biquinho, faz birra. Fala que a sua vontade é ligar pra ele de madrugada e sussurrar um ‘’eu te amo’’ de leve… Ah, fala também que você quer ser dele do mesmo jeito que ele já é teu.”
domingo, 22 de abril de 2012
quinta-feira, 5 de abril de 2012
A maior solidão é a do ser que não ama. A maior
solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende,
que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.
A maior solidão é a do homem encerrado em
si mesmo, no absoluto de si mesmo,
o que não dá a quem pede o que ele pode
dar de amor, de amizade, de socorro.
O maior solitário é o que tem medo de amar,
o que tem medo de ferir e ferir-se,
o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo.
Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo
entristece também tudo em torno. Ele é a angústia
do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa
às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio
de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia
pedras do alto de sua fria e desolada torre.
Vinicius de Moraes
solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende,
que se fecha, que se recusa a participar da vida humana.
A maior solidão é a do homem encerrado em
si mesmo, no absoluto de si mesmo,
o que não dá a quem pede o que ele pode
dar de amor, de amizade, de socorro.
O maior solitário é o que tem medo de amar,
o que tem medo de ferir e ferir-se,
o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo.
Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo
entristece também tudo em torno. Ele é a angústia
do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa
às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio
de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia
pedras do alto de sua fria e desolada torre.
Vinicius de Moraes
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